Até o início deste ano ao menos 17,7 milhões de brasileiros já têm em mãos a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), conforme informações do Ministério da gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O governo federal instituiu a meta de emitir a CIN para 70% da população até o final de 2026. A partir de 28 de fevereiro de 2023, a expectativa é que esse seja o único documento de identificação de brasileiros aceito em território nacional.
Segundo um estudo divulgado no portal do g1, que analisou cerca de 2,8 milhões de transações financeiras realizadas em outubro de 2024 com o uso da nova CIN, apenas 0,2% delas apresentaram indícios de fraude. Conforme os dados, o risco de a nova CIN ser utilizada em golpes é de 0,08%, um índice inferior em comparação ao dos riscos associados a outros documentos, como o antigo RG e a Carteira de Habilitação (CNH), que apresentaram valores em torno de 3,8%.
Acompanhe o conteúdo e entenda como a nova carteira de identidade apresenta menor risco de fraudes. Boa leitura!
Mudanças na Nova Carteira de Identidade
A principal mudança no novo documento de identidade é o uso do número do CPF como número único de identificação em todo o país. Isso contribui na padronização do sistema, já que antes, o número do RG era gerado pelo estado que emitia o documento, o que permitia que uma pessoa tivesse diferentes números de identificação caso emitisse o RG em estados distintos. Assim, o objetivo é suspender o uso de informações divergentes do cidadão.
Desta forma, o documento estabelece um fluxo nacional de identificação em tempo real, estruturando os castrados administrativos, ampliando as verificações de Segurança Pública e mitigando os problemas de fraudes no país.
Outra inovação incorporada pela CIN é a inclusão do QR Code, que oferece uma opção de checagem confiável pela Segurança Pública.
Quais dados o cidadão pode incluir na CIN?
O cidadão pode incluir informações de outros documentos na CIN, como:
- Carteira de Habilitação (CNH);
- Carteira de Trabalho;
- PIS/PASEP;
- Título de Eleitor;
- Cartão Nacional de Saúde (SUS).
Conforme a Lei n°7.116/1983, primeira emissão da Carteira de Identidade Nacional em papel é gratuita. Desta forma, o cidadão deve fazer o agendamento na plataforma do órgão emissor do seu estado.
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Casos de fraude de identidade
No levantamento veiculado no g1, cerca de 38,68% dos indícios de fraude identificados nas transações financeiras são referentes a adulterações no documento de identidade. Uma possível sobreposição de foto fraudulenta foi em encontrada em 8,9% dos casos, enquanto 8,44% envolvem o uso de documentos de terceiros, possivelmente oriundos de roubo ou furto.
De acordo com a pesquisa, os crimes de fraude evolvem duas modalidades:
1. Crime de fraude: nesse caso, utiliza-se a sobreposição de foto para adulterar documentos verdadeiros, seja de forma manual ou com o uso de inteligência artificial, A fim se aproximar da imagem real;
2. Crime de fraude: nessa situação, são montados documentos falsos com a foto do fraudador, mas com informações verdadeiras de uma vítima.
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Banco nacional com dados biométricos
O portal g1 ouviu um delegado da Polícia Federal e um delegado da Polícia Civil de São Paulo, que afirmaram que, embora tenha havido avanço no uso de um do número único para documentos emitidos no país, ainda falta o governo federal criar um banco nacional com dados biométricos de todos os cidadãos. Assim, o objetivo desse banco seria impedir que uma pessoa mal-intencionada obtivesse mais de uma carteira de identidade com nomes e números diferentes.
Atualmente, cada estado possui o seu banco de dados biométricos, porém esses bancos estaduais não estão interligados. Quanto à criação de um banco nacional biométrico, o governo federal ainda não definiu como fará para institui-lo.
A nova CIN representa um avanço na prevenção a fraude no Brasil. Ao unificar o número de identidade e incorporar tecnologias como QR Code, torna o processo de identificação mais confiável e seguro.
Fonte: g1