Nos dias 25 a 27 de junho, aconteceu o Febraban Tech 2024. Neste ano, o foco de um dos maiores eventos do setor financeiro, foi sobre a responsabilidade e ética durante as transformações que a inteligência artificial têm causado na economia global.
O Febraban Tech recebeu um público recorde em sua edição de 2024, com 55 mil visitas, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Além dos congressistas de 26 estados brasileiros, o evento recebeu também participantes de 22 países. E não foi apenas o número de congressistas que aumentou. No total, a feira contou com 500 palestrantes em 200 painéis.
Estes números só destacam cada vez mais a importância de eventos como o Febraban Tech, que discutem sobre a segurança e o futuro da humanidade nesse contexto.
Continue lendo a matéria e confira os destaques sobre fraudes na nova economia da IA que foram pontuados no evento.
Cyber Threat Resilience Report 24: O ano do paradigma generativo
Neste workshop, Atila Bandeira (Banco do Brasil), Daniel Santana (Itaú Unibanco), Fabio Szescsik (Open Finance Brasil), Glauco Sampaio (Cielo) e Renato Marinho (Accenture), apresentaram o relatório realizado pela Accenture Security Latam. Nele, era medida a capacidade de resiliência cibernética de determinadas empresas envolvidas no estudo.
Resiliência Cibernética é a capacidade das empresas de se recuperarem bem ou evitarem prejuízos causados por riscos cibernéticos. Para isso, a empresa precisa entender e prever as violações e tratá-las o quanto antes para que não haja maiores prejuízos. Nesse contexto, a identificação do problema é o ponto base para a resolução e mitigação dos prejuízos.
Os painelistas levantaram alguns pontos em relação ao quanto as IAgen podem agregar para a cibersegurança. Como qualquer coisa, a IAgen tem pontos positivos e negativos: estamos aqui discutindo o uso ético da IA, enquanto os fraudadores estão do outro lado, calculando ações criminosas.
Por outro lado, estamos em uma jornada de desenvolvimento dessas novas tecnologias. Conforme o uso for aumentando, o algoritmo passa a aprender e dificultar os ataques antes que aconteçam.
Biometria e IA elevam camada de segurança das operações digitais
Como a inteligência artificial pode auxiliar no combate às fraudes digitais? Esta foi uma das principais perguntas feitas durante o painel “IA, biometria, blockchain… Como as tecnologias trabalham a favor da segurança do cliente?”.
Durante o debate, eles afirmaram que a IA está jogando dos dois lados – dos bancos e do cibercrime –, portanto a tecnologia precisa ser combinada com diversas ferramentas para garantir a proteção das transações dos clientes.
Frank Moraes, do Bradesco, defende o uso de diversas soluções, que criem camadas de segurança e autenticação contínua do usuário, acompanhando toda a jornada dele no acesso aos serviços do banco. É necessário achar o ponto de equilíbrio entre segurança e experiência do usuário para evitar atritos com ele.
Luciane Kussuki, gerente de Governança de TI do Banco Safra, ainda cita que, 7 em cada 10 instituições financeiras utilizam a biometria facial para reconhecimento dos clientes. Mas, nem sempre os clientes aderem a esse método, que também tem se tornado alvo de ameaças. O cibercrime está usando IA para fraudar a identidade de usuários em processos de autenticação biométrica.
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Integração entre biometria e blockchain
Uma pesquisa realizada pelo Forrester Research, estima que em 2030 os serviços de blockchain terão integração com a biometria. Essa possibilidade vai permitir aos usuários pagarem contas no varejo apenas com seu reconhecimento biométrico.
Por esse sistema, se o usuário estiver na praia, por exemplo, sem celular, carteira de dinheiro ou cartões, ele poderá consumir e realizar pagamentos por meio da sua biometria.
Isso resulta no estabelecimento de uma identidade digital de token único para os indivíduos.
Segurança e experiência na identidade pós-digital
O painel que contou com as presenças de Anderson Cassolato (Santander Brasil), Gabriel Pirajá (Unico) e Keka Ferrari (Banco do Brasil), gerou reflexões sobre o quanto transações fraudulentas e recusadas podem afetar a imagem e a operação do banco.
Quando o cliente não consegue efetuar o serviço no banco X, ele pode procurar serviços em outros bancos. Uma operação que não tem risco de fraude mas foi identificada como um potencial risco, gera um impacto também na receita do banco. O desafio está na jornada de compra e na receita final do banco, em que o ideal, é sempre manter uma boa relação com o cliente.
Keka Ferrari, do Banco do Brasil, pontua que 60% dos clientes que são impactados por uma má jornada em um e-commerce, vão para a concorrência. Além disso, friza que os clientes não acham ruim estar passando por uma barreira de segurança, mas sim da quantidade de tempo que isso pode levar. Os números mostram que o cliente está disposto a passar por esse processo pela segurança.
Nesse contexto, os bancos têm cada vez mais se fortalecido com os sistemas antifraude. A definição de um padrão mínimo de confiança, traz um ambiente próspero para o banco e para os clientes.
Pensando nos impactos positivos no comércio eletrônico, se apenas um banco traz essa perspectiva, o cliente fica com uma percepção assimétrica entre os bancos. Só funciona se todos estiverem olhando para o mesmo objetivo: o sucesso do cliente.
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Acertpix no Febraban Tech 2024
A Acertpix participou do Febraban Tech 2024, não só assistindo às palestras com os conteúdos mais importantes e atuais do mercado financeiro, mas também no stand com a Credits Brasil, apresentando e oferecendo nossas soluções para o público.
Com todas essas informações, entendemos o quanto ferramentas de segurança e antifraude são importantes no cenário atual. Para saber mais, contate um dos nossos especialistas!